segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Os curso e oficinas de Clown

Nos cursos e oficinas de clown, o aprendiz é levado a se expor de diversas maneiras, enfrentando constantemente o medo do ridículo. Ele tem, por exemplo, que cantar, dançar ou dublar uma música na frente de todo mundo, e sem fazer gracinhas! Ou seja, tem que fazer tudo pra valer. O que o mestre deseja é que o futuro palhaço descubra o que nele mesmo é ridículo, espontâneo e verdadeiro. E - puxa - a gente nem imagina quanta coisa faz sem perceber: pequenos gestos, olhares, jeitos de andar, de falar... Isso sem contar as coisas que fingimos não fazer e não sentir. Coisas que guardamos lá no fundo e não mostramos para ninguém.
Durante os exercícios, o mestre observa o aprendiz e vai dando toques preciosos: "Aquele gesto que você fez com a mão é ótimo, pode repetir sempre", "não faça mais aqueal gracinha porque ficou falso e sem graça".
No circo, o aluno segue um modelo, um número que já existe, e o faz muitas vezes, até descobrir o seu próprio jeito de fazer.
Nas oficinas de clown, ao contrário, o aprendiz não segue um modelo. Antes de fazer um número, ele trabalha até descobrir coisas suas, reais, que exponham o seu ridículo. O seu número vai ser criado com essas descobertas.
O circo e as oficinas são, portanto, caminhos diferentes, mas que levam para o mesmo endereço. Trilhando qualquer um dos dois, com trabalho e dedicação, o aprendiz pode virar palhaço. Palhaço, clown, tudo tonto igual.

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